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Comigo me desavim,

sou posto em todo perigo;

não posso viver comigo

nem posso fugir de mim.

 

Com dor, da gente fugia,

antes que esta assi crescesse;

agora já fugiria

de mim, se de mim pudesse.


¿Que meo espero ou que fim

do vão trabalho que sigo,

pois que trago a mim comigo,

tamanho imigo de mim?


POETAS DO SÉCULO DE OURO ESPANHOL:  Seleção e tradução de Anderson Braga Horta; Fernando Mendes Vianna e José Jeronymo Rivera