Prosa fiada

Uma rua antes, um homem de meia idade, apenas de calção, tomava banho de mangueira

Ela tem passadas elegantes que lembram personagens machadianas

Os roedores assombravam dia e noite a casa. No oitão, então, promoviam corridas deslizantes

A fenda é tão bela que provoca de imediato, uma aura de encantamento

Neste chão sagrado, que leva a alcunha de Itararé, minhas espinhas brotaram no rosto

Averiguou de modo acurado os meus dois irresistíveis olhinhos e arrematou: “Seu Chagas é Síndrome do Olho Seco”.

O tempo passou como se passa um supersônico

Outro dia, por pouco não parou de vez. A ameaça de ir ao conserto é constante.

O brasileiro ficou impactado com a presença inusitada, de bunda no assento, do diretor do filme Chatô - O Rei do Brasil

As quitandas da minha meninice foram experiências jamais esquecidas

Ao se dirigir a alguém, semicerrava os olhos. Achava aquilo uma perturbação amorosa.

Pedi uma periguete, e manso a bebi sem pressa, como se fosse a última da vida

A caminhada no dia de finados se deu silenciosa, sorumbática, afinal, íamos ao encontro daqueles de vozes já silenciadas

Experimentei pratos requintados que ainda hoje sussurram ao meu paladar. Que faziam salivar e muito

O grande autor de Guerra e Paz, disse que “o casamento é uma doença mortal”.

A casa da minha infância, dos banquetes, das abundâncias

Dali em diante, depois daquele longa, passei a ver Woody Allen com outros olhos. Mais cheios de encanto

Esse espetáculo televisivo e vespertino, já nos presenteou com incontáveis emoções e clássicos ao longo de décadas

Fui um menino aquático. Nadava feito peixe. Lógico, nasci numa cidade cercada por rios

Cresci próximo ao beco de minhas perplexidades, caro Manuel Bandeira