Escreceu DOGEN (1200-1253):


As aves aquáticas
vagam aqui e acolá
sem deixar pegadas
mas suas veredas nunca as esquecem.


O que ele não devia ver era o caminho das aves no ar, seu rastro, suas pegadas, o destino de
seu vagar. Mas eram as veredas do ar que não se esqueciam das árvores, os caminhos tidos,
percorridos. Não há pegadas nas águas. Nem no ar. O vagar das aves. No ar. A mente livre
não deixa rastro, não tem culpa nem ganho. Nem lugar de morada.