INTIMIDADE de Abgar Renault
Por Rogel Samuel Em: 27/02/2010, às 15H37
INTIMIDADE de Abgar Renault
As nossas coisas são o nosso convívio verdadeiro.
Uma camisa adere à nossa vida entranhadamente,
como o carinho mais cruel ou como um nome,
e sabe mais de nós que a confissão mais funda.
Um lápis é sempre um sexto dedo,
e é íntimo como a língua este cigarro.
As nossas coisas nos vêem, cheiram, sabem, gostam,
e sofrem-nos pacientemente como somos,
em nossas de carne e osso tristonhas intimidades.
Não são nós, mas, de nós tão saturadas,
são-nos indefinido lado, outras vozes, outros olhos, nossos,
que com a nossa presença crua se comovem,
contemplam e compreendem, e de só se calam.
---O poema vejo em meu quarto, ao meu lado a cama, desarrumada, na frente este computador, a caneta, não tenho cigarro, não fumo, o copo de café vazio, um lenço, tudo estará saturado de mim? são outras vozes, outros olhos, que se comovem com a minha presença? que me contemplam? será que me compreendem e se calam?
Não. Para mim essas coisas falam, me falam. No seu silêncio. (Rogel Samuel)
As nossas coisas são o nosso convívio verdadeiro.
Uma camisa adere à nossa vida entranhadamente,
como o carinho mais cruel ou como um nome,
e sabe mais de nós que a confissão mais funda.
Um lápis é sempre um sexto dedo,
e é íntimo como a língua este cigarro.
As nossas coisas nos vêem, cheiram, sabem, gostam,
e sofrem-nos pacientemente como somos,
em nossas de carne e osso tristonhas intimidades.
Não são nós, mas, de nós tão saturadas,
são-nos indefinido lado, outras vozes, outros olhos, nossos,
que com a nossa presença crua se comovem,
contemplam e compreendem, e de só se calam.
---O poema vejo em meu quarto, ao meu lado a cama, desarrumada, na frente este computador, a caneta, não tenho cigarro, não fumo, o copo de café vazio, um lenço, tudo estará saturado de mim? são outras vozes, outros olhos, que se comovem com a minha presença? que me contemplam? será que me compreendem e se calam?
Não. Para mim essas coisas falam, me falam. No seu silêncio. (Rogel Samuel)
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Dílson Lages Monteiro, escrito em janeiro de 2013.
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