Storytelling sugere Storyliving
Em: 16/12/2014, às 14H21
“Storyliving” é viver-se a própria vida como uma estória sendo encenada a cada momento. É usar-se a arte de “storytelling” (contação de estória) prospectivamente. Sugiro, nesta presente crônica, que o leitor seja, ao mesmo tempo, roteirista e ator-protagonista da sua narrativa pessoal.
“Storyliving” é você viver, na condição de herói ou heroína, a sua vida individual, criando as situações em que você se torne, no fim, um sucesso, sob o critério que definir. A autoria do roteiro, sendo encenado na vida real, deve ser conjugada com a função do ator principal, você. Ou seja, o interessado em viver uma estória adequada aos seus anseios de realização pessoal tem dois chapéus. O primeiro é o do autor da estória; esse é usado enquanto você projeta as cenas e muda para novos núcleos dramáticos. O segundo chapéu é o seu como o ator protagonista, enquanto você cria os diálogos pertinentes e mesmo improvisa em decorrência da fala e dos atos do seu antagonista ou das adversidades em geral, do que fazem seus coadjuvantes, seus mentores e os que o tentam afastar da sua determinação em alcançar sua realização como projetada.
A concepção de “storyliving” faz perceber que sua vida é um conjunto de decisões e de interações que podem e devem estar em harmonia com seus valores, seus recursos a cada tempo, sua capacidade de superação e engajamento. O ponto é que cada momento importa para a geração de uma estória consistente que chegue ao final almejado. A sua melhor narrativa, a mais generosa, está à sua mão.
É preciso abandonarmos o que nos molda para a mesmice, pobres resultados e frustração. O que nos puxa para baixo são duas condutas que mentem para nós, nos inibem e até mesmo nos anulam.
Primeira – Agimos como se os outros fossem, simplesmente, amigos ou inimigos; ou uma coisa, ou outra. Não olhamos para a possiblidade, muito mais real, de eles terem classificação variadíssima. Eles podem ser mentores, anjos bons, anjos maus úteis provocadores do nosso crescimento e da superação de nossas deficiências, ou ainda pessoas que nos podem levar para outros núcleos de ação, antes improváveis para nós, onde tenhamos oportunidades antes não imaginadas.
Segunda – Agimos como se nossa vida fosse resultado do destino, da sorte ou da predeterminação. De algum modo, estaríamos presos às nossas circunstâncias sociais, psicológicas, financeiras e econômicas. Quando temos todas essas qualidades em graus altamente positivos e não temos sucesso, julgamos que todos estão errados e que o mundo é injusto em não perceber a nossa excelência. Na verdade, todas as supostas condicionantes são transformáveis, se nos dirigirmos para ambientes narrativos onde elas deem certo; o sol é um horror no deserto, mas é magnífico na praia.