O referencial teórico que dá suporte ao nosso estudo concentra-se principalmente no argumento que Mário Ypiranga Monteiro desenvolve em Fatos da literatura amazonense, a saber: a literatura amazonense em torno do “ciclo da borracha” não apresenta diversificação em relação ao tratamento do tema. Nessa carência, o autor aponta como exceção o romance A selva, de Ferreira de Castro. A selva é igualmente apontada por Márcio Souza em A expressão amazonense como o único romance que conseguiu desfazer o círculo de ostentação das letras amazonenses, baseado numa retórica vazia e acrítica. Segundo o autor, a obra desvela realisticamente o processo do “ciclo da borracha”.

Empreendendo a análise de A selva apontamos detalhadamente a coerência da organização estrutural do romance em relação à abordagem do tema. Acrescentamos, todavia, as nossas considerações acerca do determinismo acentuado na obra, o qual prejudicou a sua construção crítica sobre o ciclo.

Na abordagem de Beiradão, consideramos e dialogamos com o estudo empreendido por Neide Gondim em Simá, Beiradão, Galvez, imperador do Acre: ficção e história. Especialmente a assertiva de que Beiradão rompeu com o protótipo do coronel de barranco foi de valia para o nosso estudo que se pauta pela ocorrência de diversificação nas obras do ciclo. Consideramos e nos apoiamos também no estudo de Heloína Monteiro dos Santos: Uma liderança política cabocla – Álvaro Maia - apontando a ideologia subjacente no posicionamento político do autor.   Por fim, a análise que procedemos em relação à obra O amante das amazonas teve como suporte teórico o texto Crítica da escrita,  do próprio autor, mediante o qual podemos compreender as concepções estéticas explicitadas na criação de sua obra ficcional.